07.01.2022 Arquitetura
A arquitetura moderna pôde ser acompanhada durante boa parte do século XX, já que surgiu a partir do movimento modernista, que revolucionou não só o modo de construir e decorar, mas também a arte e a cultura. E ela foi um processo muito importante, que influenciou toda a maneira de pensar e construir e até hoje é um dos movimentos que mais impacta na arquitetura moderna.
A Semana de Arte Moderna de 22 foi um evento que marcou uma Era, já que foi ali que se deu início o estilo. Prestes a comemorar o centenário deste evento, que tal saber mais sobre esse marco da história da cultura mundial?
Hoje, convidamos você a conhecer um pouco mais da arquitetura moderna, quem são os principais nomes que influenciaram em seu surgimento e alguns exemplos de projetos conhecidos que foram inspirados nela. Acompanhe!
Antes do século XVII, o estilo que predominava na arquitetura mundial era o de igrejas, palácios e catedrais, repletos de detalhes clássicos e materiais nobres. Após a Revolução Industrial, outros materiais como ferro, concreto e aço passaram a ser produzidos em maior quantidade e foram popularizados.
Por isso, as obras urbanas começaram a ganhar um novo rosto, com traços mais marcados e retos por conta desses materiais que eram utilizados. Nesse sentido, as construções passaram a ser mais funcionais também, feitas pensando na praticidade de quem iria usar.
Outro detalhe que marca a arquitetura moderna é a ausência de muitos elementos de decoração, mas uma integração com a natureza e suas paisagens. Além disso, há o uso de concreto aparente e utilização de pilares para deixar a parte térrea livre.
Um dos monumentos mais famosos do mundo, a Torre Eiffel, construída por Gustav Eiffel, foi um dos projetos que marcaram a transição para a arquitetura moderna e tem todas as características citadas acima, sendo construída em ferro forjado.
No Brasil, a entrada do estilo moderno foi marcada em 1922, com a Semana de Arte Moderna, que aconteceu entre os dias 11 e 18 de fevereiro. O evento foi organizado por um grupo de artistas e intelectuais que tinham um objetivo em comum: fugir do conservadorismo que fazia parte da época e trazer novos ares para o cenário cultural.
Mas antes desse evento, alguns artistas já traziam para a arte elementos de modernismo, como Lasar Segall, artista nascido na Lituânia que teve sua arte exposta no Brasil em 1913, que foi considerada por muitos intelectuais e especialistas como a primeira exposição de arte moderna do país.
Neste cenário, o Brasil já havia sido apresentado ao modernismo em 1913, mas o estilo teve um aparecimento mais consistente após a semana de 22.
Algumas obras modernistas de grande impacto são de criação do arquiteto Oscar Niemeyer, como o Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
Após a Semana de Arte Moderna de 1922, o artista ucraniano Gregori Warchavchik veio morar no Brasil e, junto com Oscar Niemeyer, foi um dos maiores nomes da arquitetura moderna.
Nascido em Odessa, na Ucrânia, Warchavchik foi responsável por algumas obras conhecidas e aclamadas mundialmente, como o cinema-teatro de Florença, na Itália. O artista morou em Roma por alguns anos e, em 1923 veio para o Brasil e se aproximou de importantes nomes do modernismo, como Anita Malfatti, Mário de Andrade e Heitor Villa-Lobos.
Com o passar dos anos, Gregori Warchavchik se tornou o pioneiro do estilo arquitetônico no país. Ele tinha a ideia de que as casas e outras construções deveriam ser vistas como máquinas e, assim como elas, se desenvolver e modernizar ao longo dos anos.
O artista também trabalhou como professor no curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, sendo o mentor de grandes nomes que fizeram sucesso posteriormente na arquitetura, como Affonso Reidy e Jorge e Roberto Moreira.
Algumas das obras mais famosas de Warchavchik foram a Casa Modernista da Rua Santa Cruz, os Edifícios Mina Klabin e Cícero Prado, entre outros.
A arquitetura moderna trouxe muitas novidades e revigorou o cenário das construções no país, inclusive no Brasil. Estudar sobre os estilos, além de trazer um aporte cultural importante para seu conhecimento, também pode ajudar até na hora de escolher um prédio para morar ou alguma região, baseando-se na arquitetura que mais agrada.
E falando em viver bem, que tal conhecer mais sobre os espaços compartilhados que facilitam a vida no condomínio?